CANNABIS SATIVA L. NO TRATAMENTO DO CARCINOMA ESPINOCELULAR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Ciro Ribeiro Brito Amorim
  • Sofia Maynard Araújo Machado
  • Yasmim Nunes Medeiros Machado
  • Rebeca Andrade da Silva Ferreira
  • Rafael Barreto Vieira Valois

DOI:

https://doi.org/10.58731/2965-0771.2025.86

Resumo

O Carcinoma Espinocelular (CEC) é o tipo mais comum de câncer na região da cabeça e pescoço, representando mais de 90% das ocorrências (INCA, 2022). A planta Cannabis sativa L. contém centenas de canabinoides, os quais possuem propriedades antioxidantes e antitumorais. Dentre esses compostos, o canabidiol (CBD) e o delta-9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC) se destacam (Zamarripa et al., 2023). O Sistema Endocanabinoide, descoberto no início dos anos 1990, atua na regulação de diversas funções corporais dos mamíferos (Mechoulam et al., 2014). Objetivo: analisar a aplicação da Cannabis sativa L. como alternativa de tratamento para o CEC. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura sobre o uso de Cannabis sativa L. no controle do CEC. As bases de dados consultadas foram Science Direct, Scielo e MEDLINE/Pubmed. A seleção dos artigos foram realizadas através de palavras-chave e resumos, utilizando o aplicativo Rayyan QCRI. Os critérios de inclusão abrangeram publicações do tipo Revisão, Revisão Sistemática e Triagem Clínica, que mencionassem as palavras-chave: "Cannabis sativa L.", "Carcinoma Espinocelular" e "Sistema Endocanabinoide", utilizando o operador booleano AND, publicados em inglês no período de 2014 a 2024.  Resultados e Discussão: Foi encontrado que a indução da apoptose tem sido promovida por diversos canabinoides, especialmente via receptor CB2 em estudos in vitro com linhagens celulares de adenocarcinoma mamário, glioblastoma, adenocarcinoma pancreático, astrocitoma e neuroblastoma. O estresse oxidativo induzido pelo CBD pode levar à apoptose, elevando as espécies reativas de oxigênio e desencadeando a liberação de citocromo c das mitocôndrias, resultando em efeitos antitumorais ao alterar a respiração mitocondrial e promover a produção de radicais livres, além da peroxidação lipídica. Conclusão: A Cannabis sativa L. demonstra propriedades reguladoras que sugerem seu potencial como abordagem terapêutica para o CEC. Contudo, há uma escassez de pesquisas bem estruturadas e ensaios clínicos controlados que explorem sua aplicação no tratamento dessa condição.

Palavras-chave: Canabinoides, Cannabis sativa, Carcinoma Espinocelular.

Referências

Canabinoides; Cannabis sativa; Carcinoma Espinocelular.

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Publicado

2025-09-18

Como Citar

1.
Ribeiro Brito Amorim C, Maynard Araújo Machado S, Nunes Medeiros Machado Y, Andrade da Silva Ferreira R, Barreto Vieira Valois R. CANNABIS SATIVA L. NO TRATAMENTO DO CARCINOMA ESPINOCELULAR: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. RBCann [Internet]. 18º de setembro de 2025 [citado 5º de outubro de 2025];1(1). Disponível em: https://revistacannabis.med.br/sbec/article/view/86

Edição

Seção

Trabalhos apresentados na Expocannabis 2024